Teorias da Aprendizagem -

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Teorias da Aprendizagem

             Compreender o modo como as pessoas aprendem, conhecer as condições necessárias para ocorrer a aprendizagem e também identificar o papel do educador nesse processo é essencial. As teorias de aprendizagem possibilitam ao educador adquirir conhecimentos, atitudes e habilidades que lhe permita alcançar melhor os objectivos do ensino.

            Estas teorias têm como finalidade reconhecer a dinâmica envolvida nos actos de ensinar e aprender, partindo do reconhecimento da evolução cognitiva do homem, e tentam explicar a relação entre o conhecimento preexistente e o novo conhecimento.


A Teoria Behaviorista

           Na perspectiva da teoria behaviorista, a aprendizagem é vista como o resultado de um processo condicionado em que as respostas ou reacções são associadas a estímulos, estabelecendo uma conexão entre o estímulo e a reacção conseguidas após várias tentativas e erros.

            Para Alarcão & Tavares (1989), esta teoria consiste num estudo “puramente objectivo, do comportamento humano” (p.92). Conjuntamente, observam a aprendizagem como algo mensurável, objectivo, que pode ser medido, ignorando o processo mental e privilegiando a ligação entre o estímulo e a resposta. Esta teoria contempla a aprendizagem como o resultado de uma sucessão de processos de condicionamento, que surge em consequência ambiental e na resposta satisfatória a esse estímulo:

Condicionamento clássico (Pavlov) – Reflexos condicionados;

Condicionamento operante (Skinner) – recompensa/esforço, encarado com a condição fundamental da aprendizagem;

Tentativa e erro (Thorndike) – resolução de um problema.

            Nesta teoria, o homem é estudado como produto da aprendizagem pela qual passa pela infância. Defende que o homem é um organismo que responde a estímulos exteriores de um modo mais ou menos automático e fortuito, ficando, desta forma descoradas as estruturas mentais. Valoriza o saber-fazer que é um comportamento exterior observável e susceptível de ser medido. Baseia-se na análise minuciosa da estrutura da tarefa a aprender e vê o educando como um ser passível e moldável. Esta teoria fundamenta-se à base da repetição e memorização.

A Teoria Cognitivista

            Na perspectiva da teoria Cognitivista, a aprendizagem ocorre pela descoberta e procura, em espiral. É uma aprendizagem progressiva, baseada na experiência.

            A aprendizagem corresponde a um processo de reorganização da percepção que se traduz por uma modificação da estrutura cognitiva do sujeito, que lhe permite uma reconstrução da informação que recebe. Nesta vertente, a aprendizagem é vista como um processo de armazenamento de informações, procurando definir e descrever como os sujeitos percebem, direccionam e coordenam as suas interacções com o ambiente.

            Alarcão & Tavares (1989) consideram que a teoria cognitivista está dividida em dois sub-grupos:

Teoria da forma ou configuração (Gestalt) – o todo é algo mais do que a simples soma das partes. Defende que o sujeito interpreta e organiza o que se passa à sua volta em termos de conjuntos e não como formas isoladas, caracterizando-se pela solução de problemas que surgem como uma forma de intuição.

Teoria do campo (Kurt Lewin) – o todo, a estrutura, é mais do que a soma das partes. Defende que toda a actividade psicológica, como também a aprendizagem, realiza-se num campo de acção em que um conjunto de factores interferem e condicionam o comportamento de uma pessoa numa determinada situação. Enfatiza o processo de cognição, compreensão, transformação, armazenamento e usa da informação, ocupando-se dos aspectos mentais.
              Na supervisão clínica o supervisor que adopta tal abordagem propõe desafios aos supervisados, para que estes sejam elementos activos de sua aprendizagem, observando, experimentando, comprovando, relacionando conteúdos. No entanto, o supervisor domina o conteúdo, sua estrutura e objectivos, elementos com os quais constrói as situações - problemas para os supervisados.

Teoria da Aprendizagem Social


          
Bandura foi o pioneiro da teoria da aprendizagem social defendendo que a imitação é fundamental no processo de aprendizagem, ou seja, é através da observação do comportamento de outras pessoas e das respectivas consequências que pode resultar a aprendizagem. 

            
            Para haver imitação, é necessário mobilizar um conjunto de processos cognitivos, tais como: atenção, retenção, reprodução e motivação, de maneira a facilitar a construção de uma representação mental.

            Neste sentido, a aprendizagem faz-se por observação dos comportamentos dos outros e respectivas consequências. Aprende-se pelo que vê (observa) e imita, na sociedade.


Teorias Humanistas

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As teorias Humanistas desenvolvidas por Maslow e Roger realçam o carácter único da experiência pessoa e constitui-se no somatório Behaviorista com a teoria Cognitivista. Defende que o ensino deve de estar centrado no formando, ou seja, cada pessoa tem o seu próprio percurso e tem maior responsabilidade para decidir o que quer aprender, tornando-o autónomo no seu processo de aprendizagem. O educando tente a descobrir pelo seu próprio caminho, numa atitude de auto-realização e custo-avaliação, num processo de “tornar-se pessoa”, sendo esta a chave do processo de aprendizagem.


Existem situações diferentes para usar cada uma destas teorias. Uma abordagem behaviorista pode ajudar no domínio de uma tarefa de carácter mais repetitivo. As estratégias cognitivas são úteis para ensinar tácticas de resolução de problemas em que factos definidos e regras são aplicados em situações não familiares. As abordagens construtivistas são especialmente indicadas para lidar com problemas onde é necessária uma reflexão mais instantânea, inclusivamente enquanto a acção se processa.

Bibliografia:

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Tavares el al (2007). Manual de Psicologia do desenvolvimento e aprendizagem. Porto: Porto Editora.
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