O Conceito de Aprendizagem -

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Os Conceitos: Aprender/ Aprendizagem

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Aprender não pode ser apenas adquirir, guardar, na memória de curta ou de longa duração, certezas, verdades absolutas, mas interrogar, deixar-se deslumbrar diante de uma realidade que caminha à frente de cada um de nós e que, de certa forma, nos serve de referência, sem se deixar alcançar e, muito menos, algemar, encaixar nos nossos conceitos, nas nossas definições e postulados, nas nossas leis, nos nossos esquemas mentais.

Aprender é guardar, conservar em nós sem violentar. É desdizer o próprio discurso, mesmo o dito científico, acabado de construir para partir, de novo, numa espiral interminável que nos conduz a outras buscas, aquisições e descobertas. Aprender é o resultado da actividade e da experiência que fica de conhecer e metaconhecer, comunicar que se transforma em aprender, meta-aprender, partilhar, em linguagem, emoção, cultura
(Tavares, 1998).


            O processo de aprendizagem pode ser definido como o modo pelo qual os seres humanos adquirem novos conhecimentos, desenvolvem competências e mudam o comportamento. Todavia, a complexidade deste processo não pode ser explicada pela compartimentação do todo. A este conceito está inerente as visões de  homem enquanto agente receptor e modificador de toda a aprendizagem, de sociedade como o conjunto de pessoas que compartilham propósitos, gostos, preocupações e costumes e que interagem entre si constituindo uma comunidade e da visão de conhecimento como aquilo que se conhece de algo ou alguém. 

            Nesta óptica, a aprendizagem é um processo integrado que provoca uma transformação qualitativa na estrutura mental daquele que aprende, isto é, a aprendizagem modifica o estado mental daquele que aprende e, consequentemente, o comportamento, seja pela experiência, por condicionamento, pela observação e pela prática motivada, ou pela conjugação destes. A aprendizagem supõe uma mudança de comportamento durável, mais ou menos sistemática ou não, e adquirida.
            O acto ou vontade de aprender é uma característica unicamente humana, pois apenas o ser humano possui no seu todo a intenção de aprender, a vontade de melhorar (criador) e a procura pela aprendizagem (carácter dinâmico). Ao longo da vida, desde que nascemos até que morremos, o ser humano encontra-se num constante processo de aprendizagem (Wikipédia, 2011).
        Quando nasce, o Homem possui um potencial de aprendizagem que precisa de estimulação extrínseca e intrínseca (motivação, necessidade) para se concretizar. Existem aprendizagens apelidadas de quase inatas como aprender a falar, a andar pois associam-se ao desenvolvimento físico, psicológico e social para se realizar. Todavia, a aprendizagem ocorre, essencialmente, no contexto social e temporal em que o indivíduo se insere, constatando-se transformação do seu comportamento associada a esses fatores e à componente genética (Wikipédia, 2011).

            A aprendizagem não é um processo solitário, mas colectivo e complexo de interacções teórico-práticas, que se desenvolvem num processo dinâmico de colegialidade, de construção e partilha de novos saberes profissionais e de espaços e tempos organizacionais. Uma das vias que apontamos como fundamental para a construção deste processo de autonomia é, actualmente, o desenvolvimento profissional e a reflexibilidade crítica, pois, através desta os professores devem entender que a sua prática pedagógica é, não só, uma prática reflexiva mas também uma prática colectiva que envolve não apenas os alunos, mas todos os actores educativos nesta nobre tarefa de educar cidadãos responsáveis e autónomos na arte a aprender a pensar (Sanches, 1995; Neto, 1998; Veiga, 2001, citados por Guerra, s.d.) .


Bibliografia:

Guerra, T. M. (s.d.). Processos Virtuais de Auto Aprendizagem. [Consulta: 30 Abr. 2011]. URL: http://noesis.usal.es/Documentos/Educare2006/arts_pdf/Teresa_Guerra.pdf

S. A. (s.d.) Aprendizagem. [Consulta: 30 Abr. 2011]. URL: http://pt.wikipedia.org/wiki/Aprendizagem

Tavares, J. (1998). Construção do conhecimento e aprendizagem. In: Almeida, L. S. & Tavares, J. Conhecer, Aprender, Avaliar (p.13-30). Porto: Porto Editora.

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